Dupla Antiagregação Plaquetária em Pacientes com Alto Risco Hemorrágico

Introdução: A dupla antiagregação plaquetária (DAPT), composta por aspirina e um inibidor do receptor P2Y₁₂, constitui um pilar no manejo de pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP) e em contextos de síndrome coronariana aguda. O principal objetivo é prevenir eventos trombóticos...

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Published inBrazilian Journal of Implantology and Health Sciences Vol. 7; no. 9; pp. 677 - 687
Main Authors Cabellino, Luíza Fricks, Cazotti Thiengo, Pedro Gabriel, Villela Berbert Daniel, Andressa, Parreira Milazzo Unigranrio Barra, Eduarda, Aguiar de Oliveira Lopes, Ana Karla, Dourado Santos, Talita Mirelle, Dos Santos Furtado Júnior, Heriberto Clauber, Santos de Souza, Gabriela, Aparecida Campos Garcia, Kássia
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 15.09.2025
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ISSN2674-8169
2674-8169
DOI10.36557/2674-8169.2025v7n9p677-687

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Summary:Introdução: A dupla antiagregação plaquetária (DAPT), composta por aspirina e um inibidor do receptor P2Y₁₂, constitui um pilar no manejo de pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP) e em contextos de síndrome coronariana aguda. O principal objetivo é prevenir eventos trombóticos, como trombose de stent e recorrência de infarto, porém seu uso em pacientes de alto risco hemorrágico (HBR – High Bleeding Risk) representa um desafio clínico significativo devido ao aumento da morbimortalidade relacionada a sangramentos. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo revisar e consolidar as evidências atuais sobre o manejo da DAPT em pacientes HBR, com foco na duração da terapia, escolha do antiplaquetário, tecnologias de stents e estratégias de estratificação de risco. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada entre agosto e setembro de 2025, com buscas nas bases PubMed e Scielo. Foram incluídos artigos em português e inglês, publicados entre 2018 e 2025, abordando abordagens terapêuticas, duração da DAPT, inovações tecnológicas e perfis de risco isquêmico e hemorrágico. Foram excluídos artigos duplicados, disponíveis apenas em resumo ou fora do escopo da pesquisa. Após triagem inicial de 512 artigos, 18 estudos foram selecionados para análise detalhada. Resultados: Os resultados indicam que estratégias de curta duração da DAPT, especialmente quando associadas a stents de nova geração, reduzem significativamente eventos hemorrágicos sem comprometer a proteção contra eventos isquêmicos. Entretanto, a interrupção precoce fora de protocolos estruturados pode aumentar complicações trombóticas, reforçando a necessidade de individualização baseada em risco combinado. Evidências recentes também apontam para a possibilidade de manutenção de inibidores de P2Y₁₂ como monoterapia, com menor risco de sangramento gastrointestinal. Conclusão: Conclui-se que o manejo da DAPT em pacientes HBR deve ser individualizado, considerando perfil clínico, características anatômicas, tecnologia de stents e julgamento clínico, equilibrando eficácia antitrombótica e segurança hemorrágica. Pesquisas futuras devem focar em estratégias personalizadas e modelos preditivos de risco para otimizar desfechos cardiovasculares e hemorrágicos.  
ISSN:2674-8169
2674-8169
DOI:10.36557/2674-8169.2025v7n9p677-687