Dupla Antiagregação Plaquetária em Pacientes com Alto Risco Hemorrágico
Introdução: A dupla antiagregação plaquetária (DAPT), composta por aspirina e um inibidor do receptor P2Y₁₂, constitui um pilar no manejo de pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP) e em contextos de síndrome coronariana aguda. O principal objetivo é prevenir eventos trombóticos...
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Published in | Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences Vol. 7; no. 9; pp. 677 - 687 |
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Main Authors | , , , , , , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
15.09.2025
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ISSN | 2674-8169 2674-8169 |
DOI | 10.36557/2674-8169.2025v7n9p677-687 |
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Summary: | Introdução: A dupla antiagregação plaquetária (DAPT), composta por aspirina e um inibidor do receptor P2Y₁₂, constitui um pilar no manejo de pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP) e em contextos de síndrome coronariana aguda. O principal objetivo é prevenir eventos trombóticos, como trombose de stent e recorrência de infarto, porém seu uso em pacientes de alto risco hemorrágico (HBR – High Bleeding Risk) representa um desafio clínico significativo devido ao aumento da morbimortalidade relacionada a sangramentos. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo revisar e consolidar as evidências atuais sobre o manejo da DAPT em pacientes HBR, com foco na duração da terapia, escolha do antiplaquetário, tecnologias de stents e estratégias de estratificação de risco. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada entre agosto e setembro de 2025, com buscas nas bases PubMed e Scielo. Foram incluídos artigos em português e inglês, publicados entre 2018 e 2025, abordando abordagens terapêuticas, duração da DAPT, inovações tecnológicas e perfis de risco isquêmico e hemorrágico. Foram excluídos artigos duplicados, disponíveis apenas em resumo ou fora do escopo da pesquisa. Após triagem inicial de 512 artigos, 18 estudos foram selecionados para análise detalhada. Resultados: Os resultados indicam que estratégias de curta duração da DAPT, especialmente quando associadas a stents de nova geração, reduzem significativamente eventos hemorrágicos sem comprometer a proteção contra eventos isquêmicos. Entretanto, a interrupção precoce fora de protocolos estruturados pode aumentar complicações trombóticas, reforçando a necessidade de individualização baseada em risco combinado. Evidências recentes também apontam para a possibilidade de manutenção de inibidores de P2Y₁₂ como monoterapia, com menor risco de sangramento gastrointestinal. Conclusão: Conclui-se que o manejo da DAPT em pacientes HBR deve ser individualizado, considerando perfil clínico, características anatômicas, tecnologia de stents e julgamento clínico, equilibrando eficácia antitrombótica e segurança hemorrágica. Pesquisas futuras devem focar em estratégias personalizadas e modelos preditivos de risco para otimizar desfechos cardiovasculares e hemorrágicos. |
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ISSN: | 2674-8169 2674-8169 |
DOI: | 10.36557/2674-8169.2025v7n9p677-687 |