Associação de Fatores de Risco Cardiovascular e Polimorfismo de APOE com Mortalidade em Idosos Longevos: Uma Coorte de 21 Anos

Resumo Fundamento: O conhecimento dos fatores ambientais e genéticos para um envelhecimento bem-sucedido em idosos longevos é controverso. Acrescenta-se a esta evidência, o fato de serem poucos os estudos delineados com essa população. Objetivo: Investigar a relação entre os genótipos mais frequente...

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Published inArquivos brasileiros de cardiologia Vol. 115; no. 5; pp. 873 - 881
Main Authors Vivian, Lilian, Bruscato, Neide Maria, Werle, Berenice Maria, Carli, Waldemar de, Soares, Renata Alonso Gadi, Santos, Paulo Caleb de Lima, Moriguchi, Emilio Hideyuki
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 01.11.2020
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
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ISSN0066-782X
1678-4170
1678-4170
DOI10.36660/abc.20190263

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Summary:Resumo Fundamento: O conhecimento dos fatores ambientais e genéticos para um envelhecimento bem-sucedido em idosos longevos é controverso. Acrescenta-se a esta evidência, o fato de serem poucos os estudos delineados com essa população. Objetivo: Investigar a relação entre os genótipos mais frequentes da apolipoproteína E (APOE) e a mortalidade em idosos longevos que vivem em comunidade e sua sobrevida de acordo com os fatores de risco cardiovascular. Métodos: Uma amostra de 74 idosos com 80 anos ou mais da coorte do Projeto Veranópolis foi selecionada para genotipagem da APOE. Na linha de base, foram coletadas variáveis antropométricas, dosagens sanguíneas de glicose e lipídeos, pressão arterial e variáveis de estilo de vida (tabagismo, consumo de álcool e atividade física). A escala Bayer de Atividades da Vida Diária foi aplicada aos cuidadores dos idosos. O tempo de seguimento total do estudo foi 21 anos. Um p<0,05 bicaudal foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Não encontramos associação entre os genótipos da APOE e mortalidade. Entretanto, o risco de morte em idosos fumantes foi 2,30 vezes (hazard ratio [HR]; intervalo de confiança de 95% [IC 95%] 1,01 a 5,24); em diabéticos, 3,95 vezes (HR; IC 95% 1,27 a 12,30) do risco dos não diabéticos. Indivíduos que praticavam atividade física vigorosa tiveram uma redução no risco de óbito em 51% (HR = 0,49; IC 95% 0,27 a 0,88). Para o aumento de 1 mmHg na pressão arterial sistólica houve uma redução de 2% (HR = 0,98; IC 95% 0,97 a 0,99) no risco de morte. Conclusão: Nesta amostra de longevos, não houve associação entre os genótipos da APOE e mortalidade. Entretanto, os fatores de risco cardiovasculares clássicos podem ser importantes para a mortalidade geral em pessoas muito idosas.
Bibliography:Potencial Conflito de Interesses
Concepção e desenho da pesquisa, Análise e interpretação dos dados e Análise estatística: Vivian L, Moriguchi EH; Obtenção de dados e Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Vivian L, Bruscato NM, Werle BM, Carli W, Soares RAG, Santos PCJL, Moriguchi EH; Redação do manuscrito: Vivian L, Bruscato NM.
Contribuição dos Autores
Os autores declaram não haver conflito de interesses pertinentes.
ISSN:0066-782X
1678-4170
1678-4170
DOI:10.36660/abc.20190263